segunda-feira, agosto 29, 2005

Morretes, capivaras, lendas e tequila – não necessariamente nesta ordem – Parte 2

Definitivamente, o Parque Barigui é o verdadeiro lar das capivaras. E elas são organizadas e metódicas: todos os dias (pelo menos os que estivemos lá), elas migram da sombra da ilhota do meio do lago para o sol do braço mais movimentado do parque. Pontualmente às três horas da tarde. E nesse último domingo não foi diferente: depois da nossa volta pela ‘ciclovia’, paramos, deitamos na nossa manta e ficamos ali esprando por elas!!! E de novo, tiramos fotos da migração e do êxodo de curiosos para perto das bichinhas!!!

A lenda do título também se refere ao Parque Barigüi (não, nossa vida não gira em torno apenas do parque, ok?!!?! É só um teste para vermos se falta muito para virarmos legítimos curitibanos – graças a deus falta bastante!!!) e ao jacaré que lá vive. Nas primeiras vezes que fomos ao parque vimos a placa que se refere a presença do único animal selvagem no Parque, porém que ele nunca tinha atacado ninguém, etc, etc, mas que de qualquer maneira era pra ter cuidado, etc, etc. Bom, pensamos: é caô... colocaram essa placa só pra ninguém inventar de tomar banho no lago (certamente no Rio, estariam todos se refrescando nas águas do Barigüi!!). E nada de acharmos o jacaré. Até que numa das nossas idas, em que paramos para tomar cerveja e comer frango frito no único boteco do parque, vimos o dito cujo: em meio as capivaras, tartarugas, patos histéricos e garças irritantes. Estava ali, imóvel, tranqïilão, mas com cara de poucos amigos. Faltou pouco para ele não se intrometer na briga escandalosa dos patos. Bom, mais uma lenda caída. AH!!! Detalhe, na semana seguinte, descobriram mais dois jacarés no Parque, provavelmente largados ali por algum louco que os comprou achando que eram apenas lagartos gigantes. Aliás, essa notícia foi primeira página do jornal, afinal eles podem resolver procriar, e ai, ninguém segura os jacarés.

Morretes, tequila??? Deixa pra amanhã!!!

quarta-feira, agosto 24, 2005

Morretes, capivaras, lendas e tequila – não necessariamente nesta ordem – Parte 1

Não ando com a melhor ou a maior das inspirações para escrever. Na verdade, não ando nem com o maior, nem com o melhor dos ânimos. Inspirada no blog do Ro lembro daquela música do Alceu Valença: “a solidão castiga/ a solidão devora/ é amiga das horas/ prima irmã do tempo/.... que.... no descompasso do meu coração”. É mais ou menos isso. Entendeu? Não?? Não importa. Vamos aos fatos.

Nossas idas ao Barigüi estão cada vez mais constantes. No sábado, véspera do dia dos pais, fomos de novo. Dessa vez levamos a manta, mas não o jornal. Estávamos com a máquina e assistimos a mais bola sendo jogada no lago e perdida para sempre, além da migração para o sol das capivaras. Contamos umas 13, de todos os tamanhos vindo justamente para perto de onde estávamos. E bastou elas chegarem, para todos os “turistas” migrarem também para o nosso lado. Momento registrado (para um dia mandarmos para a Cora Ronai e avisa-la de que aqui as capivaras são bem-vindas), levantamos acampamento e fomos embora. De noite, ainda tentei fazer o Rogério assistir Noviça Rebelde, que desde nossa ida a Salzburg venho pedindo para vermos juntos o filme. Ok, são três horas de muita cantoria, mas o filme é maravilhoso. E devo dizer: ele dormiu antes da família Von Trapp se apresentar no festival... :-(

No domingo, dia dos pais, Rogério foi pro Rio. Não foi a melhor de suas partidas. Devo dizer que me deixou muito mal e aproveitei o dia lindo para ir ao Barigüi (de novo!!! estava insuportável, diga-se de passagem), para andar, chorar e tomar uma cerveja, já que pela primeira vez, encontrei um ambulante vendendo pelo parque.

A semana passou sem grandes novidades, acabou a temporada de Lost e levei as bolsas das Duas Mulheres para a única loja mais moderninha da cidade. Aparentemente gostaram, mas hoje já acho que não fez tanto sucesso assim (depois explico, pq o post ta ficando enorme).

Na sexta-feira arrumamos as malas, pegamos nossas companheiras de viagem e fomos em direção a Morretes. Cidadezinha bem antiga, a uns 65 km da capital, bem pertinho do litoral. Depois de uma viagem meio ruim por conta do nevoeiro (oh praga!!), chegamos a Morretes. Ok, fomos parar no cemitério de Morretes por uma falha no mapa, mas chegamos sem fantasmas a pousada Hakuna Matata. Uma bela recepção: um jantar caseiro com arroz, feijão, batata-frita, bife e ovo frito. Delícia!!! Acertamos o passeio do dia seguinte, fomos para nossos chalés e combinamos uma partida de buraco: tô esperando Moniquinha e Flávia até agora para a partida!!!!

O post ficou gigantesco.
Amanhã termino de contar as outras histórias. ;-)
Mais fotos em: www.fotolog.net/revidal

quarta-feira, agosto 17, 2005

Da série, buscando emprego

Acabei de receber um telefonema de uma das mil empresas para as quais mandei meu currículo. Primeiro achei um milagre, porque sei que esses e-mails normalmente vão para aquela pasta "os esquecidos". Depois fiquei feliz... mas a felicidade durou pouco. Conversa vai, conversa vem (tudo pelo telefone): qual a data de nascimento (você esqueceu de colocar no cv)? você é carioca e pretende ficar muito tempo em Curitiba? Ah! Não é de passagem... Que bom!! Mas você é muito experiente, né?! Você deve ser muito boa (profissional, é claro). Não, não sou!!!! Sou totalmente inexperiente (pensei só, não falei...) Pois é, não sei se é isso que estamos procurando. Preciso fazer um teste no domingo, você vai pr'um lugar aqui perto, faz a matéria (sobre um roteiro de viagem), ganha uma ajuda de custo (sem revelar o valor, adiantou que era muito baixa pr'uma profissional do meu gabarito - risadas interiores) e a alimentação. É só um teste, viu!? E ai, dependendo de como você for, faremos uma proposta.

Ok, até aceitaria, sabendo que provavelmente a matéria seria publicicada na tal revista que eles editam e que depois eles não me contratariam, afinal sou muito experiente. Mas dessa vez não vai dar. Temos um programa por fim de semana: vamos pr'uma pousada perto de Morretes, já pagamos e depois vamos ver "A Casa dos Budas Ditosos", que também já compramos o ingresso.

Pena, uma pena. Fica pr'uma próxima, mas acho que vou modificar meu cv. Talvez fosse melhor não ser "tão experiente"...

Há nove anos somos formados em.... amigos!!!

Sei que o blog é para descrever a nossa vida em Curitiba, mas não posso deixar de registrar a data de hoje (na verdade de ontem, porque me enrolei e acabei não postando). Não sei se tenho muito o que comemorar, mas nunca a deixo passar em branco. Normalmente, nos encontramos no Baixo Gávea, eu e todas as meninas da PUC + Washington - o único homem que nos acompanha, ri, brinca, nos diverte e atura esse grupo de hormônios femininos sempre em ebulição – para celebrar a nossa formatura. Continuamos juntos, unidos, não tanto quanto na época da faculdade, mas também acho que seria pedir demais. Aquele tempo passou, muitas coisas aconteceram, caminhos paralelos e outros tão distantes fomos tomando. Só que tem uma coisa que ainda nos mantêm: a nossa amizade. Um carinho todo especial, um encontro, um amor.

Agora estou longe, mas sei que isso não vai acabar. Assim espero e assim pretendo continuar sempre homenageando meus amigos tão queridos. Aqui reproduzo algumas das mensagens que trocamos hoje e ontem, podem parecer piegas, mas todas são sinceras, de coração, e o mais importante é que nós sabemos disso:

“Meus amores,
Independente do q estejamos fazendo hj, trabalhando ou não, na área ou não.......um grande presente nós ganhamos na faculdade.......NOSSA AMIZADE. Galera.......amo todos vcs.......e agradeço todos os dias por Deus ter colocado vcs em meu caminho. Beijos, Lu “

“Parabens pra todas!! Nós somos piegas, mas também agradeço a Deus pelo nosso encontro. Vamos comemorar entao? Se A Ren estivese aqui pelo menos eu, ela, Si e Luli (nos aureos tempos) iriamos comemorar. Vamos hoje? Bg? 21h? bjs AMO VOCÊS !! Tissa”

“Helooooooo queridas maigas do coração!!!!!!!!! Parabéns p todas nós, acima de tudo por sermos quem somos... Nunca esquecerei vcs independente de qq coisa.... Estou em Brasilia na casa do meu irmão. Beijos da amiga sumida, Stella.”

“Eternas e queridas (e lindas) mulheres da minha vida,
Mais importante do que o canudo, mais importante do que a profissão e das perdas e ganhos advindas dela, foi esse encontro de almas que se deu na verdade há 13 anos. Foi olharmos uns para os outros e PIM!! Nos reconhecemos, como que seres de outro mesmo planeta e da mesma tribo, amos à primeira vista mesmo!
Passados nove anos, casamento, filho (a), viagens pelo Brasil e pelo mundo, mudança geográfica, perdas de pai, mãe, amor e cachorro; encontro novamente dos dois últimos; emprego, desemprego e troca de profissão; festas, amigos ocultos, churrascos, operação, problemas de saúde, porres e pileques... AQUI estamos!!! Mais velhos e mais felizes do que nunca.
Amo vocês, bjs Wash”

sábado, agosto 13, 2005

Sem título...

Não escrevi antes porque essa semana foi bem chata. :-/
O frio voltou, choveu bastante e o Ro não estava aqui...

Ok, teve o do show do Cake no sábado passado - só lamento Ferno, mas é preciso registrar, o show foi bom demais!!! O horário é meio esdrúxulo, com o show marcado para começar à 1h da madruga, mas pelo menos é pontual. Uma hora da manhã, o grupo californiano subia ao palco. A casa de espetáculos – Curitiba Hall – é menor do que o Canecão, com platéia e um balcão, teoricamente para vips. E de lá, um mané qualquer resolveu levar a sério uma brincadeira até sem graça do vocalista e acabou tomando uma do próprio vocalista para todo mundo ouvir. Palhaço demais. Apesar de ouvir ao vivo Never There, Perhaps (m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a) e é claro para fechar com chave de ouro I will Survive (especialmente para minha mãe), o cheiro de cigarro (tabaco mesmo, nenhum tipo de erva, entendam) foi ficando quase insuportável. Olha que eu não sou de reclamar muito. Vivi durante anos com quatro fumantes dentro de casa, teoricamente estou acostumada, mas aqui, fuma-se demais da conta... E o pavor da saída: só tem uma portinha para sair do lugar!!! Ainda bem que estávamos perto dela, mas foi me dando uma agonia... Para ir lá num próximo show é porque este será imperdível. Se não, teremos que pensar duas vezes...

No domingo, mais uma volta pelo Barigüi e, como disse a Si Gondim, já estamos nos acostumando a pegar sol como os ingleses: de roupa, sentados na grama, ouvindo música e lendo jornal. Dessa vez, esquecemos a toalha, mas vou deixar uma no carro pra não ter erro!!! Descobrimos uma padaria, quer dizer um bistrô ou alguma coisa do gênero, simplesmente maravilhosa aqui perto de casa. O lugar e a estrutura lembram uma dessas casas de cidade do interior da Itália. Bom, assim imagino que seja, porque nunca estive na Itália. Enfim, comemos sanduíches (passava das 15h e não iríamos encontrar outro lugar para almoçar), tomamos (eu) cerveja e ainda levamos um pão delicioso pra casa. E ai, no próprio domingo, Ro foi para Buenos Aires, onde ficou a semana toda... :-(

AH!!! No sábado passado ainda fomos ao Jardim Botânico ver as cerejeiras. Por causa do veranico, elas floriram antes da primavera e estavam lindas, lindas. Deu até pra tirarmos umas fotos bem legais.


Amanhã é dia dos pais e o Ro vai pro Rio, porque tem que trabalhar lá na segunda-feira. :-(
De novo serei abandonada. Pelo menos, dessa vez é por pouco tempo.


PS: minha gérbera voltou a viver. Ficou com ciúmes porque comprei outra toda florida e linda. Mas a azaléia acho que não teve jeito mesmo: morreu.... :-( Rogerio sugeriu anunciarmos a sua morte no jornal. Ainda bem que estou de bom humor, porque ele bem merecia um vaso de azaléia na cabeça pelo comentário.


sexta-feira, agosto 05, 2005

Veranico Curitibano com os dias contatos


Calor fora de época para os curitibanos é “veranico”. Ele chegou tem uns 10 dias mas já está com data para terminar. Neste período, shorts e camisetas saíram do armário e deu tempo para lavar alguns pulôveres já bem castigados pelo frio do mês passado. Ainda está sol, mas o vento meio gelado já dá o ar de sua graça e a previsão é de que chuva e frio chegue no domingo. Que pena...
:-(

Mas aproveitamos bem esses dias e no sábado mesmo fomos passear, “ressacossos” é verdade, pelo Parque Barigüi. Impossível descrever para qualquer carioca que nunca tenha passeado pela Praia do Flamengo ou ido no verão para Europa. Cheio de gente é pouco, lotado melhor dizendo. Famílias inteiras, com todo tipo de roupa e objetos. Cadeiras de praia, redes para descansar, patins, bicicletas, papagaios e pipas, milhares de carinhos de bebê. Acho que só não vimos mesmo foi barraca de praia, de resto até frescobol tinha gente jogando. Bola perdida no Rio, baixo bebê Barigüi, tudo e mais um pouco. Demos uma boa caminhada, passando pela parte mais escondida do parque, onde tem até quadra de vôlei de “praia”. Tomamos uma água de coco, vimos uma família de capivaras (acho que vou avisar a Cora Ronai que elas vieram pra cá) e como quase curitibanos que somos, nos estiramos ao sol, na grama, para curtir o finalzinho de tarde.

Aproveito para postar algumas fotos do sábado e avisar que o Rogerio ficou com inveja do blog aqui (que só eu escrevo) e resolveu criar outro pra ele. Brincadeira, o tema é música, claro, e não tem nada a ver com as nossas aventuras pelo Paraná. Acessem:
http://www.impressons.blogger.com.br/, o último post foi sobre o Aeroporto de Mosquitos. Imperdível!!!



PS: a programação do finde é Sin City hoje à noite e show do Cake amanhã. Detalhe: abertura dos portões 22h, início do show 1h da manhã. Socoooooooorrrrrrrooooo, acho que estou ficando velha...

PS2: acho que vou passar a escrever em momentos de estresse generalizado e com mais humor. Por enquanto, minhas únicas duas leitoras adoraram meu penúltimo post!!! Valeu Marina e Cris!!!