BoIdas

Semana passada, dia 9, comemoramos dois anos da nossa inesquecível, em quaisquer sentidos, festa de casamento na Lagoa e cinco anos de casados. Pode parecer estranho mas é isso mesmo, quem conhece a nossa vida juntos sabe o que eu quero dizer, e para não deixarmos a data passar em branco aproveitamos a Semana Santa e fomos para uma pousada excelente, Baía das Bromélias, em Governador Celso Ramos, cidadezinha de pescadores próxima a Floripa. Demos sorte, pois pegamos dois dias de sol e pudemos descansar e aproveitar as belezas do local, com praia particular, piscina, um dono gente boníssima e um grupo de hóspedes bastante animados, aliás lembrem-me de comentar parte dessa animação depois. Mas a nossa chegada ao local foi, senão a parte mais marcante da viagem, a mais assustadora e engraçada.

Já ouviram falar dessa cidadezinha? Não? Pois é, ela nem é das mais conhecidas mesmo, mas lá fica a Pousada Ponta dos Ganchos, que nós fomos no ano passado, e durante a Semana Santa ela costuma aparecer na TV, por um triste motivo: é uma das cidades em Santa Catarina que ainda se orgulha de fazer a famosa “Farra do Boi”, quando soltam vários bois e a população sai correndo atrás dos bichos, e alguns acabam se afogando no mar ou então são, como chamam, carneados.

Viajamos rumo à Gov. Celso Ramos depois do show do Chico (sensacional, diga-se de passagem), e chegamos à cidade por volta das duas e meia da madrugada. Na busca pela pousada, chegamos no centro da cidade e, para nossa surpresa, demos de cara com uma multidão na rua! Gente de todas as idades, a esmagadora maioria bêbada, e um clima de Carnaval, apesar de não ter nenhum trio elétrico. Ficamos presos no meio da multidão por pelo menos meia hora, e quando conseguimos passar, nos demos conta de que a pousada não ficava por ali... Perguntamos a um casal que nos informou que havíamos passado e que deveríamos encarar a muvuca novamente. OK, fazer o que? Mais engarrafamento, mais gente bêbada, mais stress. Do carro pudemos ver a soltura de um boi e o povo correndo atrás do bicho. Beleza, ao menos eles foram para o outro lado. Quando conseguimos atravessar o mundaréu de gente, respirei aliviado mas a Rê gritou: O BOI!!!!! Caceta, era a p... do boi voltando em nossa direção e atrás dele umas 300 pessoas! O primeiro pensamento que vem na cabeça é F&$#@UDEU, e o segundo foi como a gente faria para escapar. Por um milagre, havia algo como um estacionamento à nossa esquerda, onde eu embiquei o carro de qualquer maneira e vi, aliviado, o bicho e as pessoas passando correndo. Respiramos fundo, agradecemos aos céus, esperamos uns 10 minutos e seguimos em frente. Hoje eu rio, mas na hora foi de assustar ver aquela alcatra de 500 kg na nossa direção...

Ah, a animação dos hóspedes? Jogo rápido: as paredes do quarto eram finas e o casal que estava no quarto ao lado era daqueles que não tão nem aí se tava fazendo sol ou não, o esporte deles era outro. E pelos gritos e gemidos dos dois pode-se imaginar qual era... nos sentimos quase que num filme pornô, só que sem o vídeo! E esse casal no sábado saiu do quarto, foi a uma praia um pouco mais longe e voltou com 180 ostras! Já viram como foi a noite!