quinta-feira, junho 02, 2005

Noticiário Esportivo

Todos os 'posts' sou eu, Renata, quem escreve. Hoje, vou deixar o Rogerio contar um pouco de nossa aventura no Maraca, ops, quer dizer, Arena.

Ontem eu e Renata fomos ver Atlético-PR x Santos na Kyocera Arena ou Joaquim Américo ou Arena da Baixada ou qualquer coisa que o valha. Lá de casa até o estádio são aproximadamente umas 6 quadras (aqui tudo se mede em quadras, já que as ruas são todas paralelas e perpendiculares umas às outras), o que dá uns 20 minutos de caminhada numa noite bem agradável, já que estava quase (eu disse quase) calor. O estádio,que fica no meio de uma zona residencial, é muito moderno, lembrando bastante estádios ingleses, com o público muito próximo do campo e cadeiras numeradas. Os bares são ótimos, vendem três tipos de cerveja (Kaiser, a favorita daqui, Skol e Bohemia) e comidas para todos os gostos, de pizza a cachorro quente (nosso conhecido Podrão, que eles aqui chamam de Laricão) e pipoca. Tudo muito bem organizado e sinalizado, dentro e fora do estádio. Mas tem uma coisa que é absurda: como é que um estádio desses não tem um placar? É incrível, não tem nem um daqueles com um moleque para trocar os números como no estádio do Olaria, nada! Ou seja, se o gol sai do outro lado e você não viu direito quem fez, só vai saber quando chegar em casa para ver o Jornal da Globo.

A torcida é um caso a parte. Não pode ter bandeira, então eles usam umas bolas para fazer a festa (é bem boiola, mas o efeito visual é bacana). Os gritos são cópias descaradas do Flamengo e do Corinthians, sendo que "Atlético", palavra proparoxítona com quatro sílabas, não ajuda em nada. E nem precisava que o estádio tivesse cadeiras numeradas, já que durante o jogo ninguém fica sentado, com a torcida incentivando o tempo todo e pedindo para os jogadores descerem o sarrafo, tipo "dá de mão", "quebra ele", "joga no alambrado", "ninguém sai vivo hoje" e o meio estranho "dá na boca". A torcida joga junto, e se não fosse o padre coxa-branca dono do colégio que faz com que o estádio não tenha um dos lados, seria realmente um caldeirão.

O jogo? Não sei se vocês viram, mas o Atlético jogou com muita raça, com um jogador a menos, injustamente expulso diga-se de passagem, desde os 25 do primeiro tempo. Com Robinho visivelmente se poupando e com um goleiro pavoroso, o Santos tentou o tempo todo jogar no contra-ataque mas o miolo de zaga do Atlético e Cocito, todos bastante violentos mas eficientes, conseguiram neutralizar as investidas. Destaques negativos para Jeancarlo, ex-Flu, e Aloisio Chulapa, ex-Fla, muito, mas muito, mas muito ruins e muito bem substituídos pelo Cabeçorrantonio Lopes.

Saímos do jogo felizes em termos dado sorte ao Furacão, mas com a certeza de que somos, acima de tudo, cariocas e flamenguistas com muito orgulho!

Inté! Abraços,
Rogerio

Nenhum comentário: