segunda-feira, setembro 25, 2006

Nada como um dia após do outro

Nesse fim de semana, fiquei sozinha de novo. Rogerio foi pro Rio no sábado aproveitando que teria que trabalhar hoje, segunda-feira, na Cidade Maravilhosa. Na sexta-feira mesmo comecei a me preparar: peguei cinco filmes na locadora aqui pertinho de casa, que não é uma Blockbuster, mas dá de 10 x 0 na filial americana. Quando estava saindo para comprar um vinhozinho, porque ninguém é de ferro, toca o celular: eram as meninas da PUC, diretamente do chá de bebê da Stella, para contar mais uma novidade: Marcinha está grávida!!!!!

Fiquei muito feliz!!! Muito, muito, muito mesmo. Marcinha é uma pessoa muito especial pra mim, uma grande amiga e companheira, uma pessoa boa e querida demais. Enfim, minha felicidade se transformou em lágrimas, e depois de desligar o telefone, chorei mais ainda. Só que de repente, essa felicidade virou uma tristeza profunda. Daquelas de doer o coração, sabe?!

A distância tem dessas coisas e comecei a pensar nos meus amigos que se tornaram pais no último ano: Pedro Paulo, Victor, e na própria Stella e Sheyla, minha cunhada que está grávida.

Sou muito feliz por ter esses amigos e por saber que eles estão felizes ou com seus filhos ou com a chegada dos rebentos. Mas sinto, infelizmente, uma tristeza profunda por não estar perto deles, por não poder ir à festa de um ano do João Pedro, por não ver a Joana crescer, por não ter estado no chá de bebê para Ana Beatriz, por não ver a barriga linda da Sheyla e dar mil conselhos no ouvidinho do Daniel (através da barriga, é claro). E ainda tem a Vitória, cujo aniversário já faltei duas vezes... E agora, a Marcinha!?!?!?!! Parece um complô, uma sacanagem mesmo!!

Mas como já avisei no título, nada como um dia após o outro. Passei o domingo, com uma parte da família do Rogerio que não conhecia e que mora em São José dos Pinhais. Era aniversário de um primo distante – que a partir de agora não será mais tão distante assim -, e fui pra lá. Não vou aqui relatar nada do que ouvi, mas escutei muitas histórias, de luta, de coragem, tristes, com final feliz, mas acima de tudo, histórias de muita perseverança, esperança e fé.

Voltei pra casa e quis chorar de novo. Do quê que eu tô reclamando mesmo??? Eu recebo sempre o convite de aniversário da Vitória, Victor me manda as fotos da Joana sempre que pode, já recebi com meses de antecedência o convite do aniversário do João Pedro (e quando não se tem filho, isso é uma raridade), mando beijos na barriga da Sheyla sempre que falo com ela, fui a primeira a ser convidada para o chá de bebê da Strellita, minhas amigas fizeram questão de me ligar pra avisar da nova grávida!!! E eu reclamando por que não estou perto fisicamente???? Acho que mais perto do que isso, é quase impossível.

Obrigada meus amigos. Mesmo longe, sei que estou presente. E vocês não têm idéia de como isso é importante pra mim.


Agora dá licença que eu vou tentar arrumar um problema de verdade.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Mi Buenos Aires querido

OBS: leia se tiver tempo, é grande!!

Pra quem não sabe, tenho uma relação muito particular com Buenos Aires. Cheguei à Capital Portenha pela primeira vez em dezembro de 1988, no auge dos meus 15 anos, ou seja, da minha adolescência. Foi a primeira vez que me separei das minhas irmãs, que ficaram no Rio, porque, óbvio, já eram grandinhas o suficiente para se virarem sozinhas (demorou um pouco, mas no final elas aprenderam). Então sobrou, eu, meu pai e minha mãe vivendo ou sobrevivendo naquela cidade, às vezes hostil, às vezes simpática e agradável. Foi um período difícil ao mesmo tempo de muito aprendizado e hoje, olhando pra trás, vejo como adolescente é idiota... Se soubesse o que sei hoje, teria aproveitado muito, muito mais do que aproveitei (e olha que eu aproveitei) aqueles dois anos que vivemos em Buenos Aires.

Bom, tudo isso foi pra dizer, que depois de 15 anos, finalmente voltei a Buenos Aires!!!! Há uns três anos, Rogerio vai, quase que a cada bimestre, pra lá, mas eu nunca tive a oportunidade de acompanhá-lo. E dessa vez, juntando dois feriados (aqui, dia 08 de setembro é dia da Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, padroeira de Curitiba), uma providencial viagem de negócios e meu aniversário, finalmente fomos juntos a terrinha de nuestros hermanos.

Na semana anterior à viagem tentei localizar pela internet alguns amigos do Colégio, mas só consegui falar com o Marcelo Diana (por MSN), argentino que andava com os filhos dos adidos naquela época. De qualquer maneira, peguei os telefones antigos que tinha e levei comigo. Como também tinha programado uma ida ao Colégio Lincoln Hall, para buscar a segunda metade da medalha que nos deram quando nos formamos, tinha a certeza que ai encontraria alguns telefones de amigos. Ainda procurei por outras pessoas no Páginas Doradas, na internet e voilá, no sábado liguei para todos para avisar da saída e da comemoração do meu aniversário.

Mas calma, antes de chegar no sábado, ainda teve toda a sexta-feira:

- Acordamos tarde, porque viajamos de madrugada. Taline (brasileira, que nos emprestou a casa por dois dias) já tinha saído pro trabalho e eu e o Ro fomos tomar café no Havana, com direito, é claro, a um Alfajor. Depois caminhamos pela Santa Fé, até a Calle Austria, rua em que morei (Austria entre Libertador y Lãs Heras). Fomos até a porta do meu antigo prédio, e conheci, finalmente, a Biblioteca Nacional, em frente ao nosso edifício e que ficou inacabada durante anos. Depois, pegamos o ônibus 59, assim como fazia antigamente, na Las Heras, para irmos até o meu colégio. Emoção!!!! Plaquetinha na entrada do Colégio com o nome todo da turma; Alejandra, a professora de Educação Física; Gastón, o professor de inglês e a carrasca, mas que foi incrivelmente simpática, professora de biologia, cujo nome não faço a menor idéia. Maria, a secretária do colégio, demorou, mas encontrou a outra metade da medalha!!! Quase chorei!!! E ainda me deu alguns telefones atualizados da galera da minha turma. Foi engraçado descobrir que Lúcio é psicólogo e que Martin é repórter policial!!!!

- Depois do colégio, saímos de Belgrano e fomos caminhando pela Libertador até os parques de Palermo, com suas árvores incríveis, ele me pareceu menor do que era. Depois ainda caminhamos até o Jardin Japonês, lindíssimo, com umas cores maravilhosas. Paramos num café para o almoço e voltamos pra casa com o objetivo de ir ao Freddo. Mas por uma falta de comunicação, saímos correndo, pois íamos pegar uma carona para irmos à casa do Juan Martin, que mora na Província, em outra cidadezinha, perto da capital. O Freddo ficou para o dia seguinte, infelizmente.

- Assado, chorizo e uma costelinha divina, e muito vinho Navarro Correa, na casa do Juan, com suas filhas lindas!!! Voltamos com um louco que chegou a 170km/h e que não tem nenhum amor à vida do próximo. Ou seria porque a maioria dos caronas era de brasileiros?? Enfim, a viagem que na ida levou 1h30, na voltou durou quase meia-hora!!!

- Sábado: consegui falar com María Néctar, Laura e Marcelo Diana. As duas confirmaram a saída à noite, mas o Marcelo não tinha como: duas crianças pequenas com conjuntivite, ficou complicado!!!

- De dia, passeamos pelo centro da cidade: Plaza de Mayo, Casa Rosada, Catedral, Cabildo, Café Tortoni (onde paramos para uma Quilmes), 9 de Julio, Teatro Colón (por fora), Plaza Lavalle, Embaixada do Brasil, Hotel Alvear, Recoleta e finalmente, graças à Deus, o tão sonhado Freddo!!! Chocolate con almendras y cerezas a la crema. Quase sentei no chão para comer!!! Delícia!!!! Pela Recoleta ainda passamos pelo cemitério e descobri que ainda existe o New Port, barzinho que íamos sempre e onde foi minha despedida. Paramos num café para um tostado e um vinho branco e depois voltamos pra casa. Ah! esse café fica na parte de fora de um mega complexo de cinema, em frente ao cemitério. Quando estávamos ai, chegou um ônibus com todos os jogadores do River, que vão ao cinema todos os sábados naquele mesmo horário. Quase sai correndo para tirar fotos, mas o "hincha" do Boca do meu lado não deixou...

- À noite, reservamos uma mesa no AcaBar, um bar que lembra muito o Casa di Bel aqui de Curitiba. Muitas flores, muitas coisas antigas, comida regional e um clima super agradável. O mais legal do bar é que tem um canto onde você pode pegar um jogo qualquer, de centenas de jogos que são oferecidos: Imagem & Ação, baralho, gamão, resta um, etc, etc. Além disso, o lugar é enorme!!!! E finalmente, os primeiros re-encontros: María Néctar e Laura Cuencio!!!! Que alegria!!!!!! Sem palavras!!! Federico, amigo do Ro, e Taline com Marcos também participaram. E claro, à meia-noite: "Que lo cumplas feliz, que lo cumplas feliz!!!!" E como disse no post de ontem, foi um dos melhores aniversários que tive. Não pela festa, que foi pequena, mas pelos re-encontros e acho que pelo resgate de algo que ficou muuuuito lá atrás.

- Domingo tradicional: Caminito e Feira de San Telmo. E aqui abro um parênteses: na época que morávamos aqui, íamos sempre a San Telmo. Mamãe comprava garrafas de cristal e eu adorava ver as coisas antigas que eles vendem, mas não era cheio como está hoje. Aliás, hoje está quase insuportável!!! Também, né, feriado prolongado no Brasil e o Peso favorecendo ao Real, a quantidade de brasileiros era imensa. E vamos combinar, brasileiro de férias é um saco... se acha o melhor do mundo, né, não!? Mas enfim, teve uma hora que nem eu agüentava ficar ali, imagina o Rogerio, que não gosta muito desses lugares?! Bom, pelo menos, consegui comprar um Sifon para a Soda, antigo e lindo. Diga-se de passagem, foi a única compra que fiz para mim nesta viagem... As coisas mudam!!!!

- Final de tarde, fomos encontrar com Jorge e Marina em Puerto Madero, e por incrível que pareça, Marcelo Diana, Eva e as crianças também apareceram. Tirando a barriguinha de cerveja do Jorge, eles continuam iguais. E divertidíssimos!!!! Acho que eu tinha esquecido como eles eram engraçados!!!

- Para terminar o dia do meu aniversário, um jantar especial no La Parolaccia.

- Segunda-feira, já no hotel, Rogerio foi trabalhar e eu fui às compras. E como já falei, não rolou!!! Mesmo com as coisas mais baratas, andar pela Florida me deixou meio tonta. Tantas ofertas e tanta gente e tudo com uma cara de “pega turista” que desisti. Fui caminhando até o Pátio Bulrrich, o Fashion Mall deles, e continuei caminhando até a Recoleta, onde parei para almoçar ao ar livre: tábua de frios e umas taças de vinho branco. Perfeito!!! Pena que o Ro não estava lá, ele iria adorar!!! Ah, depois adivinhe!?!?!? Freddo, é claro!!! E na segunda, ainda encontramos com o Bruno (argentino com jeito e cara de brasileiro) e fomos jantar no Cabaña Lãs Lilás, em Puerto Madero. Comemos bem, mas o Petit Gateau foi a maior enganação que já vi na minha vida. Nada mais era do que um muffin requentado no microondas. Escrevi reclamando naquele papelzinho que dão para você elogiar o restaurante, mas na verdade, acho que perdi uma boa oportunidade de arrumar barraco na Argentina!!!!

- Terça-feira fui caminhar por Puerto Madero e depois peguei o subte para conhecer o Abasto, shopping construído dentro do antigo mercado da cidade. Uma coisa gigantesca, tão grande que tem até uma roda gigante no último andar do shopping. Depois, andei um pouquinho pelo Once e fui almoçar nas Galerias Pacífico. À noite, os últimos encontros. Fomos a um bar, em Palermo, chamado Un Gallo para Esculápio, bem bacana, como parecem ser todos os bares de Palermo Soho e Palermo Hollywood (nomes dos "novos" bairros, incrivelmente ridículos!!!).


Tenho outras observações a fazer, mas por hoje chega. Só tenho que agradecer ao Ro, por ter me dado esse presente maravilhoso. E por incrível que pareça, o bom foi descobrir que viajar para a Argentina não é o fim do mundo, muito pelo contrário!!!! ;-)

A notícia do dia

Saiu hoje na Gazeta do Povo, um dos principais jornais do Paraná, a importante notícia:

"As 41 debutantes do Gaciosa Country Club serão recebidas com coquetel às 17h, no Shopping Crystal. Em seguida, serão recepcionadas na Le Lis Blanc, onde será aberta exposição com suas fotos."

Como diria o Ancelmo Gois imitando o Bussunda: Fala Sério!!!

quinta-feira, setembro 14, 2006

Chegamos

Nunca pensei que fosse dizer/escrever isso, mas este foi um dos melhores aniversários de toda minha vida!!!! Adorei!!!

Depois escrevo os detalhes.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Sem desfazer as malas

Desde o início de agosto não páro em Curitiba. Só o tempo suficiente para lavar e passar as roupas para refazer as malas (ok, tem um certo exagero na frase, mas é só pra dar um toque especial). Primeiro, o Rio de Janeiro. Depois, um fim de semana em São Paulo, enquanto o Rogerio aproveitava as Cataratas e a noitada de Foz do Iguaçu. Em Sampa, aliás, foi ótimo, boas vendas de bijux, reencontros, sobrinhos. Uma maravilha!! E agora, já estou fazendo as malas para uma grande viagem: Buenos Aires.

Ir para Buenos Aires tem todo um significado. Afinal morei lá e não volto a cidade há 15 anos. Tudo deve estar diferente, mas a ansiedade de rever a cidade e tentar encontrar antigos amigos é enorme. Não, não sou fã dos argentinos, mas não posso negar que conheci pessoas bacanas no período em que morei lá. Vamos ver se vou conseguir. Estou levando os telefones de alguns amigos de colégio para tentar localizá-los, a metade medalha que ganhamos quando “nos egresamos” no Colégio para poder buscar a outra metade, mas principalmente, estou indo com o Rogerio!!!


Que venha Buenos Aires então!!!!!

segunda-feira, setembro 04, 2006

Tu acha maneiro?

Hoje, voltando do trabalho: 2 graus
Mínima de amanhã: ZERO

Assim não há casaco, luva, gorro, cachaça e banho quente que dê jeito!

sexta-feira, setembro 01, 2006

Uh-Uh, vamu invadi, Uh-uh, vamu invadi!

Bom, como a Rê me disse hoje, o tema desse blog são as aventuras de um casal em Curitiba, e eu vinha escrevendo no meu blog, Impressons alguns acontecimentos do fim-de-semana nosso. Então fica combinado: aqui são as nossas coisas, e no meu são só as minhas, ou seja, muita música e futebol.

Aproveito então para passar para cá o texto que eu coloquei originalmente lá no meu no domingo, entitulado "Se não guenta, por que foi":

Tô velho. Essa é a conclusão que eu chego depois de voltar dois dias seguidos pra lá das três da madruga e em ambos me sentir um completo inválido.


Sexta fiquei até um pouco mais tarde no trabalho, p... nas calças, e não tive ânimo de sair pra tomar chopp com o pessoal, assim vim direto pra casa pois ainda tinha o show do Barão. O Master Hall tava lotado, muito mais que nos shows do Lenine e do Cake, o que nos pegou meio de surpresa, e por isso tivemos que ficar 1:30h antes de começar lá na meiuca, senão não ia dar pra ver nada. Mas valeu a pena, foi um showzaço! Jogo ganho, foi sucesso atrás de sucesso, começando com Maior Abandonado, terminando com Pro dia nascer feliz e com a já esperada "canja" do Cazuza em Codinome Beija-flor lá no meio. Teve tempo até para uma Tente outra vez, só para satisfazer àqueles idiotas que insistem em gritar "Toca Raul!" em qualquer show. O Barão é daquelas bandas que não tem nenhum virtuoso, mas sempre fez um rock n' roll de respeito e você canta do início ao fim, pois o que não falta é hit. Pontos negativos: a saída apertada (eles têm que corrigir isso urgentemente), o cheiro de cigarro sufocante e o grandalhão dançando na nossa frente.

Sábado, ainda dolorido de ter ficado três horas em pé praticamente sem me mexer e com o ouvido zunindo, ficamos em casa vendo o jogo de vôlei, nos preservando para a ida ao Layout 80. Nós saímos duas vezes desde que chegamos aqui, e nas duas fomos nessa boite, que rola um som muito bom, tem muita gente bonita e a média de idade é mais condizente com a nossa. Nesse sábado estava mais vazia que da outra vez, mas ainda assim era difícil se mexer lá dentro. O problema de se repetir uma night tem duas letras: DJ. Com certeza era o mesmo da outra vez, pois ele começa bem (ainda que insisitindo em B-52's e tocando pouca música brasileira), depois mete uns sons pesados (Enter Sandman na pista de dança chega a ser engraçado) mas, além de conseguir a proeza de fazer o disco "pular" mais que DJ de festa de playground nos anos 80, lá pelas duas horas ele se perdeu e meteu aqueles pi-pi-pis das músicas eletrônicas que infestam as casas da moda e que particularmente me enchem o saco. Resultado: juntando isso aos mastodontes que apareceram na pista quando o techno começou e ao sensacional porre instântaneo (duas smirnoff ices e uma tequila) do nosso amigo, cantamos pra subir. Fim de noite, óbvio, rolou Au-Au, afinal todo mundo tem o Cervantes que merece.

E o domingo já foi e minhas pernas ainda doem. Essa semana tem viagem, pra variar. É das rápidas, mas promete ser diferente, pra dizer o mínimo. Alguém pode ficar com a Mafalda?