quarta-feira, janeiro 25, 2006

Conversa de bêbado ou falhas na comunicação

Era pra começar a escrever sobre Janeiro de 2006 em Curitiba, cidade fantasma, praia em Matinhos, notícias boas e outras nem tanto, novidades de trabalho, etc, etc. Mas depois do que passei hoje, impossível!! Vou tentar descrever a cena em que estive envolvida e a conversa de bêbado que tive com um guardinha:

Fui até o Champanhat ou Bigorrilho, bairro aqui perto de casa, pra comprar peças para as bijux que ando fazendo (aliás, a produção está ótima e estou cheia de peças para vender, só preciso arrumar comprador). Bom, na rua em que estava, estacionei num lugar parecido com o “vaga certa” do Rio. Não achei ninguém que, teoricamente, vende o papel para colocar no carro e fui em direção a um “guardinha” perguntar como faria.

Eu – “Parei o carro ali e preciso comprar o ticket para o estacionamento. Como faço?
Guardinha – “Procure um agente de trânsito e compre”.
Eu – “Não estou vendo nenhum, e se não tem, como faço pra comprar?
Guardinha – “Vá numa farmácia ou qualquer estabelecimento comercial que vende”.

Percebendo que ele anotava placas dos carros que não tinham o papel, continuei:

Eu – “Mas se eu sair daqui pra comprar o ticket, nesse meio tempo o sr. pode me multar?
Guardinha – “Posso, mas é melhor comprar um”.
Eu – “Ok, eu vou comprar, mas como vou sair daqui pra comprar, se ao virar as costas, o sr. vai me multar”.
Guardinha – “Mas eu vou multá-la se você deixar o carro ali e não colocar o ticket”.
Eu – “Eu sei, por isso, quero saber se posso ir até ali comprar o ticket e nesse meio tempo o sr. não me multar?!

Essa última frase foi dita pelo menos umas três vezes até ele entender que eu tinha que sair dali e comprar o ticket ao mesmo tempo em que o carro ficaria uns três minutos sem o tal ticket. Bom, passado essa fase de (des) entendimento, fui à farmácia comprar. Já na farmácia, os vendedores estranharam o fato do guardinha ter me pedido pra ir até lá comprar e avisaram que ali não tinha, mas na locadora ao lado sim. Fui até lá e encontrei o bendito ou maldito ticket (é mais barato que o “vaga certa”!!).

Ao retornar pro carro, o guardinha estava anotando num papel a placa do meu carro. E falei:
Eu – “Aqui está o ticket, não precisa me multar!
Guardinha – “Não estou multando

Neste meio tempo, chega outra pessoa e pede um ticket pra ele. Com a cara de espanto e chocada, perguntei:
Eu – “Mas o sr. vende o ticket!?!?!?!
Guardinha – “Vendo, você em momento algum me perguntou se EU vendia, perguntou como proceder, eu disse, procure um agente de trânsito ou um estabelecimento comercial. Só não entendi porque você preferiu comprar na farmácia”.

Como diz o Ancelmo Góis, pano rápido. E sem comentários!!!

6 comentários:

Anônimo disse...

MEU DEUS. Lisboa e Curitiba são cidades-irmãs!!! hahahahahahahahaha
Beijos.

Ferno disse...

Não, não creio... Ai, meu Deus... o que me espera... Ainda bem que aí só vou andar de carona...

Carol Arêas disse...

Inacreditável, Renata!

Cris Clarke disse...

Caraca, Rê! Que coisa mais hilária!
Fala sééééééério!

Anônimo disse...

P Que P... só fico imaginando a sua vontade de falar para o cidadão uma meia dúzia de palavrões. Victor

Virada do Seculo 2010 disse...

Putz, achei o blog de vcs sem querer enquanto tentava achar no google : "qual o jeito mais barato de ir ao Rio vindo de Curitiba"....hahahah, eis que leio essa hilaria situaçao do guardinha de Curitiba. Tambem sou do Rio e moro aqui (Batel) a 1,5 anos e tb tenho altas historias engraçadas pra contar sobre esta incrivel cidade...rsrsr